Juíza nega novo mandado de segurança impetrado por Flávia Pascoal
Prefeita da cidade havia entrado com mandado de segurança, na quarta-feira, 26
Mais uma derrota. A justiça negou o pedido de mandado de
segurança impetrado por Flávia Pascoal, prefeita de Ubatuba, em desfavor do
presidente da comissão processante que a investiga, o vereador Junior JR. A alcaide
litorânea entrou com o pedido de medida judicial na quarta-feira, 26, um dia
antes das oitivas que ouviram testemunhas no caso de supostas irregularidades
na compra de pães na padaria da família da prefeita.
A defesa alegava que o presidente da comissão processante
estaria descumprindo a lei ao tomar decisões monocráticas em detrimento de
decisões colegiadas.
“Diversas diligências relativas a documentos que não foram
solicitados como prova pela Defesa. Não obstante a Comissão Processante pudesse
deliberar sobre diligências probatórias de ofício, essa deveria ser,
necessariamente, uma decisão colegiada”. A defesa continua justificando o
pedido “pode-se notar que o Presidente foi além e listou documentos que
estariam em posse da Santa Casa de Ubatuba e de empresas, sem que nada disso
fosse discutido com os membros da Comissão”
Em sua decisão a juíza, Marta Andréa Matos Marinho, da 1ª Vara Cível de Ubatuba diz, “No presente caso, não há elementos suficientes colacionados aos autos, neste momento processual, que indiquem a existência de fundamento relevante para concessão de medida em sede liminar” a magistrada então finaliza trecho dizendo, “Portanto, ausentes os requisitos legais, indefiro o pedido liminar”
Essa foi a segunda derrota judicial sofrida nessa semana pela prefeita
Flávia Pascoal. Veja a reportagem do primeiro indeferimento, clicando aqui.
Durante o depoimento o advogado de defesa, por diversas
vezes atacou verbalmente Jaqueline, tentando desqualificar a competência técnica
jurídica da mulher que também é operadora do direito e ativista de causas
socioambientais.
A oitiva também ouviu: as nutricionistas Mayara Gouvêa, e
Gabriela Miguel, o chefe de seção de compras da PMU Arthur Silva Dorotéa,
Augusto Monteiro, Presidente do Fundeb e professor da Rede Municipal de
Educação, Marcio Santos Leite, agente educacional e membro do Conselho de
Alimentação Escolar, Aline Bonifácio de Oliveira Carvalho, gestora escolar,
Kelly Cristina Oliveira Guimarães, servidora pública, Miller de Oliveira Barbosa,
gerente administrativo da Santa Casa, Custódio Alves Barreto e Joaquim Gomes
Vidal, secretário de governo do município e provedor da Santa Casa de Ubatuba.
O relator da comissão processante, Vereador Eugênio Zwibelberg,
em determinando momento questionou o Joaquim Gomes Vidal, secretário de governo
do município e provedor da Santa Casa de Ubatuba, se ele tinha conhecimento do
nome da empresa que ganhou, no que o provedor da Santa Casa respondeu, “Não
tomei conhecimento”. O vereador por diversas vezes, relembrou a Vidal que ele
poderia cometer crime em caso de mentiras no curso do depoimento (Veja o trecho
da oitiva, no vídeo acima)
Entenda o caso
A Câmara de Vereadores de Ubatuba, no Litoral Norte paulista, instaurou uma comissão investigativa para apurar denúncias de compras irregulares na saúde e na educação da cidade em desfavor da prefeita do município Flávia Pascoal, PL. Os parlamentares favoráveis a denúncia, formaram maioria com 07 votos, contra 03 votos contra a comissão. A denunciante Jaqueline Tupinambá, advogada, que entrou com pedido de cassação de Prefeita de Ubatuba por compra de pães na padaria da família.
Os itens são fornecidos pela gestão pública, em escolas e na
Santa Casa da cidade, de acordo com a Tupinambá. Jaqueline Tupinambá, aponta
que a contração dos alimentos foi feita através de uma empresa terceirizada,
Fernaine Comércio & Serviço e é da ordem de R$ 730 mil.