Depois da Olimpíada, Paris recebe, a partir da próxima semana a Paralímpiada e os três paratletas de Taubaté, da equipe do Programa Esporte Para Todos, que defenderão o Brasil já conhecem as datas e horários em que entrarão em ação as disputas do Paratletismo.

Um dos principais destaques da equipe brasileiro é André Rocha (foto), de 47 anos, estreante em Jogos Paralímpicos, que vai em busca da sonhada medalha no Lançamento do Disco (classe F52). A prova acontece no dia 01 de setembro, domingo às 14h25 (horário de Brasília).

André é o atual Campeão Mundial e Recordista Mundial da prova e a vaga nos Jogos de Paris veio no dia 25 de fevereiro deste ano, na disputa do Desafio CPB/CBAt, em São Paulo. Na ocasião, André fez a marca de 20,57m, ultrapassando o índice mínimo de classificação para os Jogos.

Em maio, ele ratificou a vaga ao conquistar o título de Campeão Mundial do Lançamento de Disco F52 em Kobe, no Japão, confirmando sua classificação direta para as Paralimpíadas.

“É um dos momentos mais felizes da minha vida e, sem dúvidas, um ponto alto da minha carreira no esporte. O sonho de todo atleta é estar nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, e hoje estou realizando este sonho oficialmente. Não pude disputar os Jogos do Rio 2016 e Tóquio 2021 por razões extra-campo, e foi duro não ter defendido o Brasil em ocasiões onde eu tinha totais condições de ser medalhista. Mas eu nunca desisti desse sonho e desde que retornei às competições, em 2022, a meta era estar nos Jogos de Paris. A primeira parte da missão está cumprida. Agora é trabalhar duro para buscar uma medalha para o Brasil.”, comentou André.

Alessandro da Silva (foto), de 39 anos, inicia sua jornada no dia 02 de setembro, segunda-feira, quando disputa a final do Arremesso de Peso (classe F11 para deficientes visuais). A prova está marcada para 15h35 (horário de Brasília).

Alessandro “Gigante” volta ao estádio de Saint-Denis no dia 05 de setembro, quinta-feira, quando disputa a final do Lançamento do Disco (classe F11). A prova que pode dar ao paratleta taubateano seu Tricampeonato Paralímpico, está marcada para 06h25 (horário de Brasília).

O atleta é atual Bicampeão Paralímpico do Lançamento do Disco, tendo conquistado Ouro na prova da classe F11 (para deficientes visuais) nas edições do Rio 2016 e Tóquio 2021. Na última Paralimpíada, disputada em Tóquio, na prova do Peso, o taubateano conquistou a medalha de Prata.

Edneusa Santos (foto)  vai disputará a Maratona (classe T12, para deficientes visuais). A prova acontece no dia 08 de setembro, ainda com horário de largada a ser definido pela organização dos Jogos. A paratleta competirá também nos 1.500m. A fase classificatória será disputada no dia 30 de agosto, às 16h35 (horário de Brasília). Para esta prova, serão disputadas fases preliminar, semifinais e a final.

A atleta, de 47 anos, vai para sua segunda experiência em Jogos Paralímpicos. Em Tóquio 2021, Edneusa conquistou a 4ª colocação na Maratona.

Quem também foi convocado e vai estrear em Jogos Paralímpicos é o técnico Diego Cascardo (na foto ao lado de André Rocha). Treinador dos lançadores e arremessadores do time de paratletismo taubateano, Diego iniciou no projeto em 2018 como estagiário, e posteriormente assumiu como um dos treinadores da equipe.

O técnico de Taubaté já teve experiências em competições internacionais com a Seleção, com destaque para os Campeonatos Mundiais de Paris 2023, na França, e Kobe 2024, no Japão. Agora ele vai pela primeira vez integrar a Comissão Técnica da seleção brasileira nas Paralimpíadas.

“É uma honra e emoção muito grande essa convocação para representar o Brasil nos Jogos Paralímpicos. É o maior evento do planeta, e poder estar lá já é um sonho realizado e um reconhecimento pelo trabalho de tantos anos que estamos desenvolvendo aqui em Taubaté. Teremos muito trabalho e responsabilidades junto à Seleção em Paris. O Brasil chegará com a expectativa de fazer uma campanha histórica nos Jogos, e vamos com muito foco para cumprir essa missão com nossos atletas”, comentou Diego Cascardo.

BRASIL

Os brasileiros terão a sua maior participação na história dos Jogos Paralímpicos fora do Brasil: serão 280 atletas com deficiência na competição. Além disso, registrará a sua maior participação feminina na história dos Jogos Paralímpicos.

O Brasil tem 373 medalhas conquistadas em Jogos Paralímpicos, em 11 edições. Ou seja, está a 27 da 400ª. A primeira vez em que o país foi ao pódio no evento faz 48 anos, nos Jogos de Toronto, Canadá, em 1976. Os responsáveis foram Luiz Carlos da Costa e Robson Sampaio de Almeida, dupla masculina do Lawn Bowls (um esporte parecido com a bocha, porém, disputado na grama). À oportunidade, eles ficaram com a prata.

A melhor campanha do Brasil nos Jogos foi a última, em Tóquio 2020, ocasião em que a delegação brasileira ficou na sétima posição, com 22 ouros, 20 pratas e 30 bronzes – 72 no total.

Na história, o Brasil tem 109 ouros, 132 pratas e 132 bronzes, sendo que o top-3 de modalidades que mais garantiram pódios paralímpicos ao país é formado por atletismo (170 medalhas – 48 ouros, 70 pratas e 52 bronzes), natação (125 medalhas – 40 ouros, 39 pratas e 46 bronzes) e judô (25 medalhas – cinco ouros, nove pratas e 11 bronzes).

Em seu Planejamento Estratégico 2022-2024, o CPB se propõe a realizar uma campanha em Paris igual ou superior à realizada em Tóquio, com uma expectativa de conquistar de 70 a 90 pódios. Outra meta do Comitê é que o Brasil se mantenha no top-8 do quadro de medalhas.

É a primeira vez que a capital francesa, Paris, será sede dos Jogos Paraolímpicos de Verão. Além disso, a abertura também ocorrerá fora de um estádio, na Praça La Concorde e Champs-Elysées.

A mascote paralímpica é igual à olímpica, mas com uma prótese de corrida.

JOGOS PARALÍMPICOS PARIS 2024

• 28 de agosto a 8 de setembro de 2024
• 185 Comitês Paralímpicos Nacionais
• 22 esportes
• 11 dias de competição
• 18 locais de competição
• 549 eventos
• 4.400 atletas
• Mais de 3 milhões de espectadores

A transmissão das Paralimpíadas para o Brasil será pelos canais SporTV e pelo YouTube oficial do Comitê Paralímpico Internacional.