Secretaria de Segurança Pública rebate acusações de parcialidade em investigação contra vereador de Ubatuba
A Polícia Civil de São Paulo esclareceu que o delegado Tiago Fernando Correia, responsável pelo inquérito, não possui vínculos com a prefeita afastada Flávia Pascoal e que o vereador José Roberto Campos Monteiro Junior foi convocado, mas não prestou depoimento
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo respondeu às acusações feitas pela defesa do vereador José Roberto Campos Monteiro Junior, conhecido como Junior Jr (Podemos), sobre a suposta parcialidade do delegado Tiago Fernando Correia, que conduziu a investigação de um esquema de rachadinhas envolvendo três vereadores de Ubatuba. Segundo a defesa de Junior Jr, o delegado estaria agindo em favor da prefeita afastada Flávia Pascoal (PL), alegando que ambos seriam filiados ao mesmo partido político.
Em resposta, a Polícia Civil esclareceu que o delegado Tiago Fernando Correia foi candidato a vereador em Guarulhos em 2020 e que se filiou a dois partidos em momentos distintos, um em 2021 e outro em 2023, sem exercer atividades partidárias. A Secretaria destacou que a legislação brasileira permite a filiação de policiais a partidos políticos e garantiu que não há qualquer vínculo entre o delegado e a prefeita Flávia Pascoal, desmentindo as alegações da defesa de que haveria interferência política no caso.
A Secretaria também explicou que a investigação foi iniciada após o recebimento de denúncias encaminhadas ao Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), sendo posteriormente direcionada à 3ª Delegacia da Divisão de Crimes contra a Administração. Antes da formalização do inquérito, houve uma apuração preliminar com o acompanhamento do Ministério Público, e medidas cautelares foram aprovadas pelo Poder Judiciário.
Contrariando as alegações de que Junior Jr não teve a chance de prestar depoimento, a Polícia Civil informou que o vereador foi intimado duas vezes, mas não compareceu em nenhuma das ocasiões para prestar esclarecimentos. O inquérito, que envolve três vereadores de Ubatuba e outros cinco acusados, já foi concluído e entregue à Justiça, ficando a cargo do Ministério Público decidir sobre o oferecimento de denúncia.
A Secretaria de Segurança ainda ressaltou que o controle da imparcialidade do processo está garantido pelo acompanhamento do Ministério Público e pelas decisões judiciais que embasaram a investigação. Além disso, a Corregedoria da Polícia Civil permanece à disposição das partes envolvidas para formalizar e apurar qualquer denúncia relacionada à condução do caso.
O vereador José Roberto Campos Monteiro Junior e seus advogados ainda não se pronunciaram sobre a resposta da Secretaria de Segurança Pública.