Política

Por razões humanitárias, Roberto Peixoto cumprirá pena em casa

Ex-prefeito foi levado para a cadeia de Taubaté, condenado por lavagem de dinheiro

Da redação | Data: 01/09/2024 23:33

O ex-prefeito de Taubaté, Roberto Pereira Peixoto, de 74 anos, condenado por lavagem de dinheiro, foi liberado da prisão neste domingo, 1, após receber autorização da Justiça Federal para aguardar em casa a análise de um pedido de conversão de sua pena para o regime domiciliar. A decisão foi tomada pelo juiz federal Márcio Satalino Mesquita, que permitiu a medida "em caráter excepcional, por razões humanitárias", levando em consideração o estado de saúde debilitado do ex-prefeito.

A audiência de custódia ocorreu por volta das 17h, durante a qual a defesa de Peixoto argumentou que, devido ao seu estado de saúde, ele não teria condições de cumprir a pena em regime fechado. Peixoto sofreu um AVC, necessita de oito medicamentos diários, e enfrenta dificuldades motoras e de fala. A defesa também destacou que o ex-prefeito não consegue se alimentar sozinho, o que tornou impraticável sua permanência no ambiente carcerário.

O juiz de plantão, responsável pela audiência, esclareceu que não poderia alterar o regime da sentença, uma vez que essa decisão cabe ao juiz titular do caso. No entanto, foi considerado o depoimento do servidor responsável pela custódia, que relatou que Peixoto estava confuso e incapaz de se alimentar sem assistência, o que justificou a decisão de permitir que o condenado aguardasse em casa até que o pedido de regime domiciliar fosse julgado.

O Ministério Público foi consultado durante a audiência e não apresentou objeções à liberação de Peixoto para que ele permanecesse em casa até esta segunda-feira, quando o juiz titular decidirá sobre a conversão da pena.

Peixoto foi preso na tarde de sábado, 31, e, desde então, estava em uma cela isolada, conhecida como “seguro”, destinada a presos que necessitam de isolamento por questões de segurança. No local, não são permitidas visitas, exceto de advogados.

Roberto Peixoto e sua esposa, Luciana Flores Peixoto, de 71 anos, foram condenados por lavagem de dinheiro. A condenação de Peixoto foi de dez anos e seis meses de prisão em regime fechado, além de 33 dias-multa. Luciana, por sua vez, foi condenada a seis anos, oito meses e 30 dias de reclusão em regime semiaberto, mas segue em liberdade.

As condenações referem-se a crimes de lavagem de dinheiro relacionados a imóveis em Ubatuba e Taubaté entre 2005 e 2007. Peixoto, engenheiro civil aposentado, foi prefeito de Taubaté em dois mandatos consecutivos, de 2005 a 2008 e de 2009 a 2012. Esta é a segunda vez que o ex-prefeito é preso; a primeira ocorreu em 2011 durante uma investigação de fraude em licitações.

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