Ministro Gilmar Mendes nega habeas corpus a vereador foragido suspeito de homicídio em São Sebastião
Decisão mantém a ordem de prisão preventiva contra Thiago Bally, acusado de envolvimento na morte de Victor Alexandre de Lima, em abril deste ano
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de Thiago Bally (PSDB), vereador eleito em São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo. A decisão, proferida na última segunda-feira, 2, mantém a ordem de prisão preventiva contra o político, que está foragido.
Thiago Bally é suspeito de ser o mandante do assassinato de Victor Alexandre de Lima, de 22 anos, ocorrido em abril em uma chácara no bairro Juquehy, na cidade. A defesa do vereador alegou que a prisão preventiva foi decretada com base em fundamentos genéricos e pediu sua substituição por medidas cautelares alternativas.
Na análise, Gilmar Mendes justificou a manutenção da prisão com base no risco de reiteração de crimes, necessidade de garantir a ordem pública e aplicação da lei penal. “Nenhum dos argumentos veiculados no processo têm aptidão para conduzir à revogação da prisão cautelar”, destacou o ministro.
Segundo a investigação da Polícia Civil, Bally teria ordenado que Maiquel Douglas Pires Ferreira, atualmente preso preventivamente, matasse Victor, após receber informações de que a vítima planejava sequestrar sua filha. O vereador nega envolvimento e afirma que esteve no local apenas para ajudar um veículo com problemas mecânicos.
Thiago Bally foi o sétimo vereador mais votado nas eleições deste ano em São Sebastião, com 1.173 votos. Ele segue foragido, e a polícia mantém buscas para localizá-lo.