O presidente do Corinthians, Augusto Melo, afirmou nesta sexta-feira, 23, que não pretende renunciar ao cargo, mesmo após ser indiciado pela Polícia Civil de São Paulo. O dirigente, investigado por suspeita de envolvimento em um esquema de corrupção relacionado a contratos do clube, negou qualquer irregularidade e assegurou que seguirá à frente da instituição.

“Sou inocente. Não tenho absolutamente nada a temer e confio plenamente na Justiça”, declarou Melo em entrevista coletiva convocada no Parque São Jorge. O presidente reforçou que respeita a investigação, mas criticou o que considera ser um “processo injusto”, e disse estar tranquilo quanto ao desfecho.

A investigação que culminou no indiciamento apura possíveis fraudes em contratos comerciais firmados pela atual gestão do Corinthians. A Polícia Civil apontou indícios que justificaram a abertura do inquérito, mas Augusto Melo e seus advogados alegam que a atuação do presidente foi pautada pela legalidade e transparência.

No pronunciamento, Melo também afirmou que permanecer no cargo é um dever institucional: “Fui eleito democraticamente para liderar o Corinthians e assim seguirei, honrando a confiança dos sócios e torcedores”.

O caso provocou forte repercussão no ambiente político do clube, com grupos opositores pedindo explicações e alguns até defendendo o afastamento preventivo do presidente até a conclusão das investigações. Apesar da pressão, Melo garantiu que não cogita deixar o cargo e que está focado em conduzir o Corinthians neste momento delicado.

A diretoria do clube emitiu uma nota oficial reiterando apoio ao mandatário e afirmando que seguirá colaborando com as autoridades para que todos os fatos sejam devidamente esclarecidos. 

O inquérito segue em andamento e novas diligências devem ocorrer nos próximos dias. Enquanto isso, o Corinthians tenta manter o foco nas competições esportivas, apesar da crise política que se instalou nos bastidores.