O esporte brasileiro alcançou um marco inédito em 2023: movimentou R$ 183,4 bilhões e passou a representar 1,69% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional — superando, pela primeira vez, o setor cultural, que respondeu por 1,55%. Os dados fazem parte de um levantamento divulgado nesta semana pelo Instituto Sou do Esporte, em parceria com o Comitê Olímpico do Brasil (COB).

O estudo indica que o setor esportivo gerou cerca de 3 milhões de empregos diretos e indiretos no país, consolidando-se não apenas como vetor de desenvolvimento social, mas também como uma engrenagem relevante para a economia brasileira. Os clubes esportivos, por exemplo, contribuíram com mais de R$ 8 bilhões para o total movimentado.

Outro dado que chama atenção é o retorno econômico proporcionado pelos investimentos no setor. A cada real aplicado com recursos públicos, o esporte devolve R$ 12 para a economia. Quando o investimento é feito pela iniciativa privada, o retorno estimado é ainda maior: R$ 23.

Para especialistas, os resultados fortalecem a defesa pela continuidade da Lei de Incentivo ao Esporte, vigente até 2027, que permite a empresas e pessoas físicas destinar parte dos impostos devidos a projetos esportivos. A expectativa é de que os números sirvam como base técnica para ampliar os mecanismos de financiamento, incentivar a realização de grandes eventos e aprofundar a integração do esporte às políticas públicas.

Com impacto crescente e números expressivos, o setor esportivo passa a ocupar papel central nas discussões sobre desenvolvimento econômico, inclusão social e inovação no Brasil.