Região

Upa San Marino: Entenda porque mudou a administradora da unidade de saúde

Após contrato rompido adminstradora de UPA ainda deve salário a profissionais da área da saúde

Marcelo Caltabiano | Data: 12/04/2023 17:00

Essa semana começou a atuar na UPA San Marino uma nova administradora, a Santa Casa Chavantes, a empresa foi colocada no lugar da INCS, Instituto Nacional de Ciências da Saúde, que teve seu contrato rescindido após diversos problemas. 

A prefeitura de Taubaté fez a rescisão de forma unilateral, segundo a administração por descumprimento do contrato. Em um período de 11 meses a empresa recebeu 11 notificações do município, por motivos graves como: falta de pagamento de salários de profissionais, falta de medicamentos e insumos médicos. 


O instituto que teve o contrato rompido recebia R$ 26,5 milhões ao ano, agora a Santa Casa de Misericórdia de Chavantes irá receber a mesma quantia para administrar a unidade de saúde, a empresa havia ficado em terceiro lugar no processo licitatório - a entidade que ficou em segundo, o Iesp (Instituto Esperança), não quis assumir esse contrato. 

A Santa Casa de Chavantes já atuava na UPA Santa Helena, em um contrato de R$ 20,7 milhões por ano. O Iesp atua no PSM (Pronto Socorro Municipal), onde recebe R$ 44,8 milhões por ano, e no PA (Pronto Atendimento) do Cecap, por R$ 10 milhões por ano.

Conversamos com o vereador Moises Pirulito, presidente da CPI da Saúde em Taubaté. 

O parlamentar que acompanhou a transição entre a INCS e a nova administradora da UPA San Marino, disse estar acompanhando de perto essa transição, e que agora a comissão parlamentar de inquérito, irá apurar o porque de ter sido chamada a Santa Casa Chavantes ao invés de ter sido chamada a segunda colocada no processo de contratação, o Instituto Esperança.  “Achei muito estranho entrar o 3º colocado ao invés do segundo (IESP)” disse o vereador a reportagem. 

Sobre a INCS o vereador disse que a empresa ainda está dentro do prazo regimental para entregar os documentos solicitados pela comissão investigativa. Caso não a faça a comissão poderá solicitar apoio policial para apreensão dos documentos.

Ainda sobre a INCS o vereador disse que ainda tem profissionais sem receber seus repasses, o que foi confirmado por um profissionais que atuam na UPA San Marino. 

A prefeitura de Taubaté, por meio de sua assessoria de imprensa, disse que a Santa Casa Chavantes foi a contratada após recusa da segunda colocada, a IESP. Sobre a INCS a administração pública disse “A Prefeitura de Taubaté está rigorosamente em dia com os repasses financeiros às Organizações Sociais que administram as Unidades de Pronto Atendimento, em Taubaté. A folha de pagamento é responsabilidade de cada OS.” 

A INCS não respondeu nossos questionamentos. 

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