Economia

Ilhabela terá a primeira usina do estado para transformar água do mar em água para beber

A usina de dessalinização deve aumentar a oferta de água potável em 22%

Da redação | Data: 26/04/2024 10:08

Ilhabela, conhecida por suas praias paradisíacas e sua beleza natural, enfrenta um problema sério de acesso à água potável. Apesar de ser cercada por água, o município enfrenta escassez desse recurso vital, sendo a cidade com o menor acesso proporcional a abastecimento adequado no Estado de São Paulo.

Com uma população que chega a se multiplicar por 20 durante a temporada de verão, os cerca de 35 mil habitantes sofrem com a falta de um serviço de distribuição eficiente, afetando aproximadamente 6,56% da população.

Para lidar com essa questão, a Sabesp anunciou um edital buscando empresas interessadas em construir uma usina de dessalinização na região. A usina será erguida nas margens do Ribeirão Água Branca, captando água salgada e processando-a para torná-la potável. A usina de dessalinização deve aumentar a oferta de água potável em 22%

Segundo o edital, a usina terá capacidade para fornecer água potável para cerca de 8 mil habitantes, representando quase um quarto da população local. O processo empregará tecnologia de osmose reversa, com pré-tratamento por ultrafiltração ou equivalente.

Renato Giani Ramos, coordenador da Câmara Técnica Nacional de Dessalinização e Reuso de Água, destaca a importância de diversificar a matriz hídrica, especialmente em regiões propensas à escassez. Ele ressalta que o equilíbrio entre diferentes recursos hídricos é fundamental para garantir o abastecimento.

O prazo para apresentação de propostas pelos interessados é até 25 de junho, com previsão de implantação da usina até 2026. Além da construção da usina, a empresa vencedora também será responsável pela criação de um centro de educação ambiental.

Enquanto isso, a Prefeitura de Ilhabela expressa insatisfação com a qualidade do serviço prestado pela Sabesp e ameaça romper o contrato firmado em 2020. O atual prefeito, Toninho Colucci, assegura que a usina será construída mesmo em caso de ruptura contratual, utilizando recursos dos royalties do petróleo para viabilizar o projeto.

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