Economia

Gerdau confirma 100 demissões e Sindicato negocia beneficios

Demitidos devem receber 5 salários extras e multa de R$3 mil. Empresa justifica com perda de competitividade

Alexandre Soledade | Data: 15/02/2024 16:33

Alegando problemas de competição com o mercado internacional, a Gerdau de Pindamonhangaba confirmou a demissão de 100 trabalhadores nesta quinta-feira (15). Segundo a empresa, o aço comprado da China é muito mais barato que o produzido no país o que reduziu a produção na fábrica causando os afastamentos.

No total eram 180 trabalhadores em lay-off, que retornaram ao trabalho na quarta-feira. Destes 180, 100 tiveram as demissões confirmadas.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba fez uma assembleia esta manhã com os trabalhadores e definiu que os 100 demitidos deverão receber 5 salários além de uma multa de R$ 3 mil que a empresa deverá pagar de forma integral nos próximos dias. Além disso, os trabalhadores mantidos terão estabilidade no emprego, como destacou o presidente do sindicato, André Oliveira.

“A Gerdau já vem falando no excedente de funcionários há um bom tempo. Eles falam em 400 trabalhadores e o sindicato tem se desdobrado para tentar acertar a situação. Pra isso usamos todas as ferramentas possíveis, como banco de horas, férias coletivas e conseguimos estender por mais de 5 meses a situação”, explicou André Oliveira.

Segundo ele a empresa ainda aceitou estender por mais 5 meses o lay-off e os metalúrgicos tinham a esperança de renovar o período por mais 5 meses. 

A Gerdau emprega hoje 2.500 trabalhadores e atua na produção de aço, com foco no ram o automotivo. A empresa disse, em nota, que o emprego de 3 milhões de trabalhadores que atuam no setor em todo o país está muito ameaçado.

“Conseguimos o mais importante que é a garantia de emprego por mais 3 meses dos trabalhadores que estão na planta de Pinda”, destacou o presidente André Oliveira, do sindicato dos Metalúrgicos. Segundo ele a entidade também se colocou a disposição para tentar um contado com o governo federal.

O Ministério da Economia, em nota, explicou que estuda os pedidos feitos por vários setores da economia, inclusive o da produção de aço, para taxar em 25% a importação de produtos internacionais e que ainda não tem uma data para deliberação desses pedidos. O governo garante também que está em contato com o setor para tentar encontrar a melhor solução e evitar novas demissões.

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