EVE apresenta cabine do Carro Voador em evento do Bradesco, em São Paulo
Subsidiária da Embraer, instalada em Taubaté, tem 2.800 unidades na fila de pedidos com carta de crédito de US$ 14 bi
Em evento do Bradesco BBI nesta terça-feira (8), executivos da Embraer exibiram a cabine do eVTOL – ou ‘carro voador’ – e reiteraram o otimismo com a iniciativa da EVE, subsidiária da companhia brasileira, instalada em Taubaté.
Com 2.800 unidades já na fila de pedidos já feitos, a estimativa é que o modelo ainda não lançado deverá garantir US$ 14 bilhões em receita líquida e começará a operar em 2026. Cada aeronave pode custar entre US$ 2 milhões e US$ 4 milhões.
O eVTOL da Embraer tem pedidos feitos por 28 clientes de 9 países. Luís Carlos Affonso, Vice-Presidente Sênior de Engenharia e Desenvolvimento Tecnológico da Eve, destaca que o carro voador deve fazer o trajeto entre a Avenida Faria Lima – em São Paulo – até o Aeroporto de Guarulhos em cerca de 13 minutos – trajeto que costuma levar mais de duas horas de carro.
”[O eVTOL] terá alcance de 100 quilômetros, que é o necessário em ambiente urbano. Além disso, vai pousar e decolar de forma automática, vai baratear o treinamento de pilotos”, disse Affonso durante o Brazil Investment Forum.
O executivo comentou que, atualmente, o maior desafio é o sistema de produção da aeronave, que envolve motor, bateria e hélice, já que os padrões são ‘completamente diferentes’ de outros modelos de aviação comercial.
Além disso, destacou que o eVTOL ‘é um avião que decola como helicóptero’, e que esse modelo híbrido também demandará desafios na hora de acostumar os clientes a uma experiência desse tipo.
Atualmente o projeto, dentro da Embraer, é o que mais demanda mão de obra, com cerca de 700 engenheiros alocados. Em termos de inovação, disrupção e potencial de valorização futura, o projeto do eVTOL, por meio da Eve, é hoje considerado o principal motor de crescimento de longo prazo da Embraer.
Nos números trazidos pela Embraer no evento do BBI, a companhia estimou que a cidade do Rio de Janeiro tem mercado em potencial para 245 eVTOLs, com 37 ‘vertiportos’, mais de 100 rotas, 4,5 milhões de passageiros anuais e US$ 220 milhões gerados em receita.