Que jogo meus amigos, que jogo!

Dizem os mais antigos que clássico não tem favorito, mas quem acompanha futebol sabe que de um lado estava um time pronto, com um trabalho vencedor e com o apoio da torcida, já do outro, é técnico chegando, jogadores sendo anunciado e tudo na correria para fugir da zona de rebaixamento e tentar, quem sabe, uma classificação para a próxima fase.

E não foi diferente do esperado, o Palmeiras dominou o meio de campo, pintou e bordou na defesa do Corinthians e fez 2x0 com tranquilidade.

O Craque Endrick teve total liberdade, maltratou o Caetano (zagueiro improvisado de lateral esquerdo) e deixou o Fausto Vera de mero espectador do seu futebol. Fez o primeiro gol e poderia ter feito mais.

Enquanto o Palmeiras jogava bola, o Corinthians, mal escalado e sem marcação tentava se achar em campo, corria demais, mas faltava organização e eficiência. 

No segundo tempo, sem dificuldades o Palmeiras ampliou o placar e passou a querer administrar o jogo, segurando a posse de bola e tratando o clássico com soberba.

Só que era clássico! Do outro lado tinha o Corinthians que não desiste nunca e que adotou o mantra de sofredor.

O técnico do Corinthians mexeu, trocou as laterais e os pontas, colocou o Mosquito e o recém chegado Pedro Henrique, que foram fundamentais para a melhora do Timão.

Com assistência do Mosquito, o Yuri Alberto marcou seu terceiro gol em três jogos, colocando fogo no parquinho.

Depois do gol do Corinthians, quando todo mundo esperava um abafa na busca pelo empate, o time se descuidou e no contra-ataque do Palmeiras o Cássio teve que trocar o gol pela falta, sendo expulso do jogo e iniciando o DRAMA CORINTHIANO, todas as substituições já tinham sido feitas.

Com o zagueiro Gustavo Henrique no gol, o Corinthians foi tentar superar tudo e todos pra buscar ao menos um pontinho, mas o Murilo do Palmeiras confundiu futebol com MMA e deu uma joelhada violenta e criminosa no Yuri Alberto, que teve sua coluna fraturada. Enquanto o atacante saia do jogo de maca, o zagueiro do Palmeiras recebia um mísero cartão amarelo. Acho que nessa hora o VAR estava pegando um cafezinho.

Ah se fosse o Fagner, levariam ele preso!

E quando tudo parecia perdido, nos acréscimos, com dois jogadores a menos e um zagueiro improvisado no gol, o Pedro Henrique foi ganhando campo e sofreu duas faltas seguidas, deixando a bola para o Rodrigo Garro fazer história e marcar o gol do empate do Corinthians.

Que jogo!

De lição, a soberba do Palmeiras fez o time tomar um doloroso castigo no final e perder dois pontos em um jogo que parecia decidido.

Já o Corinthians mostrou que esse time está disposto a crescer e se inspira no clássico de 2017, contra o mesmo Palmeiras, para virar a chave e buscar coisas grandes. Fato é, que se o Corinthians passar de fase, a camisa vai ficar ainda mais pesada e vai dar trabalho para os adversários.

Faltam três rodadas para acabar a primeira fase e o Corinthians continua na lanterna do grupo, a 5 pontos atrás do primeiro classificado, será que dá?

Vamos aguardar os próximos capítulos!