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Celly Campello: a pioneira do rock and roll no Brasil e a voz de uma geração!

Cantora conquistou o coração do público jovem com sucessos como "Estúpido Cupido", "Banho de Lua" e "Broto Legal"

Dimas Oliveira Junior | Data: 14/06/2024 12:19

Nascida em São Paulo, mas criada em Taubaté, Celly Campello veio ao mundo em 18 de junho de 1942 e deixou uma marca indelével na história da música brasileira. Conhecida como a Rainha do Rock, Celly foi mais do que uma cantora talentosa; ela foi uma força transformadora que ajudou a definir o rock and roll no Brasil, influenciando profundamente a juventude da época a encontrar sua própria voz e identidade.

Com seu estilo vibrante e inovador, Celly conquistou o coração do público jovem nos anos 60. Seus sucessos, como "Estúpido Cupido", "Banho de Lua", "Lacinhos Cor de Rosa" e "Broto Legal", se tornaram hinos que embalaram festas, encontros e a vida cotidiana de uma geração. Essas músicas não apenas introduziram o rock and roll ao Brasil, mas também abriram caminho para que os jovens expressassem sua individualidade e rebeldia de maneira mais aberta e criativa.

A influência de Celly Campello no cenário musical brasileiro é inegável. Ela foi pioneira em um momento em que o rock and roll começava a se firmar como um movimento cultural significativo, ajudando a quebrar barreiras e moldar novos comportamentos. Sua música, cheia de energia e paixão, refletia os anseios e as emoções de uma juventude que buscava se libertar das tradições e normas estabelecidas.

Por trás de todo esse sucesso, estava seu irmão Tony Campello, o grande mentor de sua carreira. Tony foi fundamental na orientação e produção das músicas de Celly, garantindo que sua irmã brilhasse como a estrela que sempre foi. Juntos, eles formaram uma dupla dinâmica que revolucionou o panorama musical brasileiro.

Celly Campello é um orgulho para Taubaté, cidade que a acolheu e onde sua memória é celebrada de diversas formas. Sua vida e obra foram retratadas no documentário "Celly e Tony Campello: Os Brotos Legais", dirigido por Dimas Oliveira Junior e exibido pelo Canal Brasil. A cantora também é tema central do filme "Broto Legal", dirigido por Luiz Alberto Pereira, e conta com uma sala em sua homenagem no Museu da Imagem e do Som de Taubaté – Mistau.


Sua história continua a inspirar através da literatura, com a biografia oficial "Garota Fenomenal: Celly Campello e o Nascimento do Rock no Brasil", de Gonçalo Junior e Dimas Oliveira Junior, e o livro infantil "Celinha, a Rainha do Rock" de Giovanna Goeldi. Além disso, sua discografia completa foi remasterizada e lançada em um box pela Discobertas, sob a produção de Marcelo Fróes. Há também planos para um espetáculo musical em São Paulo, com produção executiva de Mário Meirelles.

Em um país que muitas vezes luta para preservar sua memória cultural, a contínua celebração de Celly Campello é uma alegria. Sua música, sua personalidade e seu legado permanecem vivos, sendo reverenciados através do audiovisual, da literatura e das artes cênicas. Como alguém que teve o privilégio de conhecer essa "garota fenomenal" e seu saudoso marido, José Eduardo Chacon, posso afirmar que a saudade de Celly é grande, mas a satisfação de ver sua memória preservada é ainda maior.

Conheci Celly aos 17 anos, em 1976, durante seu retorno aos palcos motivado pela novela "Estúpido Cupido" da Rede Globo. Ela se apresentou no Taubaté Country Club – TCC, proporcionando um reencontro emocionante com seu público. A lembrança dessa época traz um misto de nostalgia e alegria, comprovando que, apesar do tempo, o rock não terminou. 

Salve Celly Campello, uma verdadeira lenda do rock brasileiro!


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