No ano do centenário da icônica "Joaninha" (1924-2024), a produtora taubateana Daiane Portes, contemplada pela Lei Paulo Gustavo - Audiovisual, prepara-se para lançar um documentário que desvenda os feitos e a ousadia da famosa aviadora mirim. Joaninha, cujo nome inspirou até a criação de um renomado guaraná em Taubaté, é reverenciada neste trabalho cinematográfico, marcando sua trajetória nos céus da cidade.

Com o roteiro e pesquisas assinados pelo jornalista Dimas Oliveira Junior, a produção promete mergulhar nas nuances da vida de Joana Martins Castilho D'Alessandro, conhecida afetuosamente como Joaninha. Nascida em 10 de novembro de 1924, ela alcançou os céus pela primeira vez aos 14 anos, realizando seu primeiro voo solo. Aos 15 anos, já havia conquistado o título de campeã de acrobacia, tornando-se a aviadora acrobata mais jovem do mundo, conforme registrado no Guiness Book.

A direção de fotografia fica sob a responsabilidade de Cloudye Anthonye da Gamouye Produções, enquanto a produção é coordenada por Rafael Prando, além da participação especial da atriz mirim Manuela Brigagão, que dará vida à Joaninha em cenas de simulação. 

A junção desses talentos promete retratar de forma sensível e envolvente a trajetória singular de Joaninha, uma figura marcante na história da aviação e do pioneirismo feminino.

Além de homenagear a aviadora, o documentário também destaca a ascensão de Daiane Portes, uma produtora taubateana que tem se destacado na indústria audiovisual. Com trabalhos anteriores, como Assistente de produção do seriado "Aventuras da Emília e Visconde no Sítio", Daiane firma-se como uma mulher determinada e talentosa na área técnica do audiovisual, contribuindo para a abertura de novos caminhos para mulheres no setor.

O lançamento do documentário "A Águia de Taubaté" será acompanhado por uma exposição iconográfica sobre Joaninha, enriquecendo as festividades do centenário e proporcionando ao público uma imersão completa na vida desta notável aviadora. O legado de Joaninha é não apenas um capítulo na história de Taubaté, mas um exemplo inspirador para as gerações futuras.

No vasto céu da história brasileira, muitos ídolos e heróis parecem perder-se nas nuvens da indiferença e do esquecimento. O Brasil, muitas vezes, revela-se um mestre ímpar na falta de memória para com aqueles que moldaram nossa trajetória. Por isso, iniciativas como o documentário "A Águia de Taubaté", que busca resgatar a notável figura de Joaninha, merecem ser celebradas e aplaudidas de pé.

Joana Martins Castilho D'Alessandro, a intrépida aviadora mirim, desafiou os limites impostos pelo tempo e, embora tenha sido um ícone em sua época, viu sua memória perder-se nas asas do esquecimento. O resgate de sua história é mais do que uma mera homenagem; é um ato de justiça para com a contribuição singular que ela ofereceu à aviação e à quebra de barreiras de gênero.

Ao lançar luz sobre a vida de Joaninha, o documentário não apenas oferece um tributo merecido a essa pioneira, mas também lança um olhar crítico sobre nossa sociedade e sua propensão a esquecer aqueles que desbravaram caminhos inexplorados. Celebrar a iniciativa é reconhecer a importância de preservar a memória de figuras que, como Joaninha, deixaram marcas indeléveis em nossa história.

Que o documentário inspire não apenas a lembrança de Joaninha, mas também uma reflexão sobre a necessidade contínua de resgatar e preservar as histórias que, de outra forma, poderiam desvanecer-se nos céus da negligência. É um convite para que, juntos, celebremos e protejamos o legado daqueles que desafiaram os limites e voaram além do comum.

Aguardem as emoções deste voo cinematográfico que promete emocionar e resgatar a memória dessa incrível figura que desafiou os céus e conquistou corações.