Cultura

Fotógrafa de Taubaté usa registros da natureza para transformar ambientes

Gisele Viola tem uma antiga paixão pela fotografia

Marcelo Caltabiano e Rodrigo Bustamante | Data: 13/10/2023 11:53

Há muito tempo que a fotografia é considerada uma expressão artística, e Gisele Viola a usa para transformar os ambientes que são decorados com suas obras em forma de clique.

O trabalho como fotógrafa para Gisele é relativamente recente, tendo começado de fato em 2021, mas a paixão pela fotografia é antiga.

“Eu sempre fui apaixonada, gosto de fotografia, sou uma curiosa fotográfica há muito tempo, tenho uma câmera há mais de 10 anos, mas resolvi estudar de verdade no ano da pandemia, 2020. No final do ano, mais ou menos, entrei numa escola aqui em Taubaté, e aí fui entender um pouco da técnica, um pouco do olhar da fotografia.  Eu trazia porque eu já tinha essa curiosidade. Sempre gostei muito de paisagem, de estar em contato com a natureza. Quando foi 2021, esse professor da escola, falou pra mim, ‘você devia trabalhar com quadro na sua fotografia’, eu falei ‘você está louco, eu tô fotografando pra me fazer feliz, e pra mim já está bom demais‘. E aí foi me ensinando, foi me incentivando, mostrando como a minha fotografia podia se conectar com a decoração e transformação dos ambientes e aí, no final de 21, eu comecei a ser um pouco convencida pela história”, conta Gisele.

O foco do trabalho da fotógrafa, que mora em Taubaté mas já fotografou em diversos lugares, é o registro da natureza e tudo que nela existe e, dentro desse contexto, no poder da fotografia como objeto de decoração capaz de transformar o ambiente.

“Tem muitos estudos que dizem que o contato com a natureza faz bem, mas quando a gente não tem o contato, ao observar uma obra de arte, um quadro, uma fotografia, isso também já desperta alguns hormônios que trazem a sensação de bem-estar e prazer. Então, é muito a ideia, se a pessoa não pode ir à natureza, a natureza pode ir até ela de alguma forma. A gente faz isso com vasos, em casa, com plantas, mas o quadro também traz essa sensação”, explica a fotógrafa.

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Segundo Gisele, o momento de escolher o que será registrado acontece através da atração da fotógrafa com a cena que será transformada em fotografia.

“Primeiro, eu acho que rola uma conexão. Eu fui aprendendo a desenvolver o meu olhar. E aí eu olho um lugar e vejo uma beleza diferente. A visão precisa me tocar primeiro, emocionalmente mesmo. Acho que é uma conexão muito emocional, acaba sendo, com as fotos. E aí eu já faço o clique imaginando, mais ou menos, como a foto vai ficar, porque, apesar de eu trabalhar com o pós-processamento, com as edições das fotos, eu não gosto de mudar muito o contexto que eu estou enxergando”, pontua Gisele.

Duas imagens registradas pela fotógrafa emprestam beleza ao escritório do advogado Marcelo Prospero, CEO do grupo Trend7: uma imagem da enseada de Botafogo e outra do bondinho do Pão de Açúcar. Ela relembra que um dos ensinamentos que aprendeu com a fotografia é aproveitar o momento antes que ele passe.


“estava um dia bem cinza, esse dia lá no Rio, eu achei que eu não fosse conseguir subir no bondinho, no Pão de Açúcar, para fotografar, mas quando o sol deu uma brecha ali na hora do almoço, eu aproveitei, porque a fotografia ensina para a gente que se você perde um momento, literalmente ele não volta. ‘Ah, não vou agora, vou esperar o sol melhorar um pouquinho’. O tempo piorou depois. Já não estava bom, ele conseguiu piorar. E aí eu subi para arriscar essas fotos. Então, uma foto foi tirada de lá de cima, olhando um pouco esse contraste, porque a gente tem a Enseada de Botafogo, o Cristo lá atrás, mas tem uma favela que cresce ali, aquele aglomerado de casas que cresce, que é muito contrastante com o Rio de Janeiro. E o contraste no Rio não está só entre esse aglomerado de casas e os grandes bairros nobres, mas também da própria natureza com o urbano, que é muito forte no Rio de Janeiro. E a segunda foi dentro do bondinho, tinha uma pequena brecha da janela aberta, e aí eu vi o Pão de Açúcar ali junto com os cabos, eu achei que era incrível, porque é uma conexão, uma sensação de que você está andando, de que você está de fato subindo ao Pão de Açúcar”, revela Gisele.


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