O prefeito de Taubaté, José Saud (PP), participou na tarde deste domingo (25), na Avenida Paulista, no centro de São Paulo, do ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que é investigado por trama golpista.

Saud, que é pré-candidato à reeleição ao Palácio do Bom Conselho, sede da prefeitura de Taubaté, também postou um vídeo em suas redes sociais cumprimentando as pessoas que foram até a avenida Paulista. Ele vestia uma camisa verde. Bolsonaro pediu que os apoiadores fossem ao ato vestindo roupa nas cores da bandeira do Brasil.

Saud também compartilhou vídeos da manifestação, que reuniu milhares de apoiadores do ex-presidente na capital paulista.

O ato foi convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que chegou ao local por volta de 14h40. Ele estava acompanhado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e da mulher, Michele, presidente do PL Mulher. Ambos são pré-candidatos ao Palácio do Planalto em 2026 com a condição de inelegibilidade de Bolsonaro.

Caravanas do Vale do Paraíba saíram da região na manhã deste domingo. Foram 20 ônibus de São José dos Campos, segundo o vereador e presidente do PL na cidade, Lino Bispo. Ônibus de outra cidades da região também foram para a capital, como Jacareí, Caçapava, Pindamonhangaba, Guaratinguetá,  Litoral Norte e Taubaté.

O ato contou ainda com a participação do prefeito de São José dos Campos, Anderson Farias, e do vice-governador Felício Ramuth, ambos do PSD, partido comandado por Gilberto Kassab. Bolsonaro proibiu o PL de fazer alianças com o PSD, visando as eleições municipais desse ano. Anderson e Felício (foto), que já foram oposição a Bolsonaro, disseram que se alinham com as ideais do ex-presidente, visando o bem e o desenvolvimento pleno da democracia no país. Os dois, porém, não foram convidados para subir no caminhão onde estava Bolsonaro.

Durante o evento, Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, destacou o "legado" de Bolsonaro. Em seu discurso, afirmou que Bolsonaro nunca se apropriou indevidamente de conquistas, sempre creditando a quem realizava ações durante sua gestão, e ressaltou o respeito do ex-presidente por Israel.

Bolsonaro, por sua vez, negou qualquer tentativa de golpe e solicitou anistia aos envolvidos no episódio de 8 de janeiro. Ele focou em realçar os feitos de sua gestão e agradeceu a adesão dos apoiadores ao ato, enfatizando os desafios de governar o país no momento atual.

Além disso, o ex-presidente expressou sentir-se "perseguido" e mencionou a investigação das joias, criticando alegações de tentativa de apropriação indevida de patrimônio da União.

A Secretaria da Segurança Pública informou que a manifestação "ocorreu de forma pacífica, sem o registro de incidentes e com a presença de, aproximadamente, 600 mil pessoas na avenida Paulista e 750 mil pessoas no total, quando levado em conta o público presente nas ruas adjacentes".