A chegada do delegado Múcio Monteiro para o comando do Deinter-1 no Vale do Paraíba é mais uma tentativa, evidente, do governo do Estado de tentar conter os índices de violência na região que, mesmo com reduções anunciadas no final de 2023, continua com o triste e pesado título de região mais violenta de São Paulo, muito a frente de RMs como a de Campinas, com população maior, ou Baixada Santista, onde a violência também vem com números explosivos, mas longe da nossa região.

Quantos delegados seccionais já foram trocados, quantos comandos de DPs e da própria Polícia Militar? Nossa força pública, mesmo sendo a maior do País e uma das mais bem equipadas, vem perdendo o jogo e não dá um mostra de recuperação.

O problema é o comando? Não!

A questão principal é que falta, realmente, uma política de segurança pública que englobe não só o governo do Estado, mas também as cidades. É no município que a violência acontece. Ninguém melhor que as autoridades municipais para saber onde o calo aperta. O que é preciso é investimento. Dinheiro público e investimento através de parcerias público privadas. Investimento em equipamentos, principalmente as câmeras corporais, tão contestadas, é necessário mas, o mais importante, necessário e precoce é no profissional. Tanto as polícias Civil e Militar, quanto as guardas municipais, precisam receber recursos financeiros, psicológicos e humanos para ter condições de combater essa violência desenfreada.

E isso não é de hoje que falamos e cobramos. De todos os secretários de segurança que passaram comandando a SSP/SP trataram do paliativo e a solução definitiva ficou para trás.

A violência é coisa séria. E precisa de decisões sérias para ser reduzida. Sim, reduzida, pois como as filas, nunca vai acabar, infelizmente.