Vendas de Páscoa projetam 12% de crescimento em relação a 2024, no Vale
Estudo feito pelo Sindicato do Comércio Varejista de Taubaté traz cenário desafiador
Páscoa é momento de reunir a família para celebrar a época mais doce do ano. É agora que os setores varejista e confeitaria aproveitam, pois se trata da época em que mais cresce as vendas no ano.
Um levantamento do Sincovat - Sindicato do Comércio Varejista de Taubaté - mostra que as vendas de Páscoa devem crescer em 12% em relação ao mesmo período do ano anterior.
As projeções otimistas estão baseadas no desempenho recente do varejo da região, já que as vendas estão aquecidas. O faturamento real cresceu 12,8% em 2024, atingindo R$ 70,8 bilhões, batendo o recorde histórico da série iniciada em 2008. O mês de dezembro de 2024 também foi o melhor da história exibindo um crescimento real de 14,3% em relação ao mesmo período de 2023.
Desafios dos novos tempos
O item mais importante da Páscoa é o chocolate. Porém, o cacau, que é a principal matéria prima, enfrenta problemas de produção a nível mundial. Isso faz com que fabricantes não conseguem atender grandes demandas de varejistas. Com a baixa oferta de chocolate, o preço se torna o vilão de comerciantes e empresários.
Para o comerciante Felipe Gomes, proprietário de uma loja de doces e insumos para confeitaria, em Taubaté, o preço do chocolate dobrou. "A expectativa dessa Páscoa é sem chocolate. Chocolate está em falta no mercado, subiu muito o preço e mesmo assim a fábrica não consegue entregar para mim", relatou Gomes.
O desafio ainda se intensifica quando confeiteiros precisam desses produtos para vender. É o caso da Francine Diniz, que tem sua produção em casa e atende grande demanda de clientes e empresas, mas ficou no prejuízo por perder clientes que antes compravam com ela. "Minhas encomendas diminuíram, decorrente da questão do preço que subiu muito, tanto o chocolate quanto embalagens e outros insumos que usamos. Mas, eu me surpreendi com outros pedidos que vieram de empresas", argumentou a confeiteira.
As projeções do Sincovat são elaboradas com base nos dados da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), a qual utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista. A pesquisa é elaborada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) através de um convênio de cooperação técnica com a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP).