Ubatuba registra 17 crimes contra a vida entre janeiro e agosto e lidera ranking de violência no Litoral Norte
O Vale do Paraíba registra 183 mortes violentas entre janeiro e agosto de 2025, mantendo-se como a região mais violenta do interior paulista
Foto: Marcelo Caltabiano / T7 News
Ubatuba registrou 16 homicídios dolosos entre janeiro e agosto de 2025, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), liderando o ranking de violência no Litoral Norte. O mês mais crítico foi fevereiro, com quatro homicídios contabilizados. Além das mortes consumadas, a cidade soma nove tentativas de assassinato e um latrocínio no mesmo período.
Em comparação, Caraguatatuba registrou 13 homicídios dolosos, com destaque para março, que teve cinco casos; São Sebastião contabilizou sete assassinatos, sendo o mês de junho o mais crítico, com dois casos; e Ilhabela não registrou homicídios dolosos no período.
No contexto regional, o Vale do Paraíba, a Serra da Mantiqueira e o Litoral Norte somaram 183 mortes violentas entre janeiro e agosto, incluindo homicídios dolosos e latrocínios. Apesar do alto volume de casos, o número representa queda de 13,3% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registrados 211 assassinatos.
Entre os municípios do interior paulista, o Vale do Paraíba lidera o ranking de homicídios, seguido por Ribeirão Preto (146), Sorocaba (137), Campinas (127), Piracicaba (125), Bauru (78), São José do Rio Preto (77), Santos (71), Araçatuba (43) e Presidente Prudente (37).
Enquanto os homicídios diminuíram, outros crimes cresceram: tentativas de assassinato subiram 11,8%, passando de 229 para 256 casos; estupros aumentaram 9,1%, de 528 para 576 registros; e furtos tiveram leve alta de 0,84%, com 14.291 casos contra 14.172 em 2024.
A SSP esclarece que os números são absolutos e não consideram a taxa por 100 mil habitantes, calculada apenas anualmente.
Para reforçar a segurança, a Delegacia de Polícia de Ubatuba passou a contar com o delegado Rodrigo Cunha Soares à frente do Setor de Investigações Gerais (SIG). Ele se junta à delegada titular Ana Carolina Pereira de Oliveira Macedo, que continua responsável pela gestão da unidade. A chegada do delegado visa agilizar investigações de crimes graves e fortalecer a estrutura de inteligência da cidade.