Trabalhadores da Gerdau, em Pindamonhangaba, iniciaram nesta quinta-feira (5), uma paralisação de uma hora por turno para exigir o fim da jornada 6×1. A medida tem sido alvo de críticas do Sindicato dos Metalúrgicos há quatro anos, que alega que o modelo, no qual o funcionário trabalha seis dias e folga apenas um, compromete a qualidade de vida e a segurança dos trabalhadores.

Segundo André Oliveira, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, a jornada 6×1 impede o convívio familiar adequado e resulta em fadiga extrema. “São inúmeras reclamações. Há trabalhadores que pedem demissão por não aguentar a rotina. Eu mesmo trabalhei muitos anos nessa escala e sei como é difícil manter uma vida familiar normal. O cansaço chega a afetar a segurança no trabalho”, afirmou o sindicalista.

CAMPANHA SALARIAL

Além do fim da jornada 6×1, o ato também tem como objetivo pressionar o setor de produção de aço, a aceitar a proposta de aumento real de salário apresentada pela Federação dos Metalúrgicos (FEM-CUT/SP). A fábrica da Gerdau em Pindamonhangaba, que emprega cerca de 2.500 trabalhadores, é voltada para o setor automotivo e segue enfrentando a resistência sindical.

GERDAU

Em nota, representantes da Gerdau confirmaram a paralização e que o tema faz parte das negociações que seguem em curso com a categoria.

“A Gerdau confirma que na manhã desta quinta-feira (5) ocorreu uma parada sindical programada e temporária organizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos local em frente à unidade de Pindamonhangaba (SP). Este movimento faz parte das negociações em curso relacionadas à Campanha Salarial. A Companhia reafirma seu compromisso com o diálogo aberto e transparente com seus colaboradores, colaboradoras, sindicatos e demais partes interessadas.”

A unidade da Gerdau de Pinda atua no ramo do aço com foco no setor automotivo e emprega hoje cerca de 2.500 funcionários.