O terminal de ônibus operado pela empresa SOU em Ubatuba foi desativado na noite desta segunda-feira, 16 de junho. O último veículo a sair do local partiu às 23h40, com destino a Picinguaba-Divisa. A partir desta terça-feira, 17, a operação do transporte coletivo urbano na cidade deverá passar por mudanças significativas, sem o uso do terminal.

A desativação do espaço, localizado no Centro da cidade e conhecido como “ponto final”, surpreendeu a população. Sem aviso prévio ou estrutura alternativa, o local amanheceu fechado, gerando insegurança e desorientação entre usuários e motoristas. Vídeos e relatos nas redes sociais mostram passageiros sem informações e coletivos parando em pontos improvisados.

Até o momento, a Prefeitura de Ubatuba e a empresa SOU não divulgaram comunicados oficiais com orientações detalhadas sobre a nova logística do transporte. Segundo funcionários da empresa, os ônibus passarão a operar no modelo “circular”, utilizando os demais pontos de parada distribuídos pelo município. Os veículos não devem mais acessar o antigo terminal.

Um cartaz fixado no local informa que as passagens passarão a ser vendidas em pontos espalhados pela cidade. Ainda não há definição sobre a instalação de um novo terminal em outro ponto da cidade.

A incerteza sobre a nova rotina tem gerado críticas de usuários. "Como é que a gente vai fazer? A gente vai ficar na chuva para esperar o ônibus?", questionou uma moradora que estuda no Centro e mora na região do Lázaro. Ela ainda comentou sobre as condições do antigo terminal: "Está largada, suja, com mal cheiro, mas tem um abrigo".

Outra moradora, também usuária do transporte público, criticou a ausência de planejamento: "Eu nunca vi uma cidade turística não ter um terminal municipal".

Informações extraoficiais apontam que a desocupação ocorreu devido à venda do imóvel onde o terminal funcionava. Há também especulações sobre a instalação de um supermercado no terreno.

Desde o fim do contrato com a empresa VerdeBus, o transporte público municipal é operado pela SOU em caráter emergencial, com contrato válido até o fim de julho. A prestação do serviço tem sido alvo de críticas recorrentes por parte da população.