Diário

Populares contêm agressor de mulher em adega da avenida Itália durante "fluxo"; comerciantes cobram mais policiamento e fiscalização

Jovem de 18 anos foi agredida pelo ex-namorado na madrugada de domingo; comerciantes denunciam abandono e prejuízos causados por aglomerações e venda de bebidas na rua

Da redação | Data: 16/06/2025 10:26

Uma confusão na avenida Itália, em Taubaté, na madrugada de sábado para domingo, 15, terminou com uma jovem de 18 anos agredida pelo ex-companheiro e com o resgate de um homem de 25 anos com ferimentos na face. O caso ocorreu nas proximidades de uma adega localizada no bairro Independência e reacendeu críticas de comerciantes locais quanto à insegurança na região durante a madrugada.

De acordo com a Polícia Civil, o agressor, de 24 anos, é investigado por lesão corporal. Segundo o boletim de ocorrência, a vítima estava no bar acompanhada de amigas quando o ex-namorado se aproximou, puxou seu cabelo e a derrubou no chão. Contido por frequentadores, ele voltou minutos depois e a agrediu com socos. A jovem relatou que já havia sido vítima de agressões anteriores, mas não registrou as ocorrências por medo, afirmando ainda que o homem a ameaça com frequência e tenta adquirir uma arma de fogo.

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O Corpo de Bombeiros também foi acionado por volta das 2h21 e atendeu um homem de 25 anos com contusões no rosto. Ele foi levado ao Hospital Regional, mas o agressor não foi encontrado no local. A Polícia preservou a área e apura se as câmeras de segurança instaladas pela Prefeitura registraram a ação.

Fluxo e abandono

Comerciantes da avenida Itália denunciam que, desde a reabertura de uma adega localizada na via, autorizada pela Prefeitura em fevereiro deste ano, a movimentação noturna voltou a atrair aglomerações, consumo de álcool na rua, e episódios de violência. “Desde que o bar reabriu, o fluxo voltou. A gente vê adolescentes, menores de idade, consumo de bebida na calçada e nenhuma abordagem efetiva da polícia”, relata um comerciante.

Segundo relatos, a adega opera com alvará como bar e cumpre as exigências dentro do estabelecimento, mas comercializa bebidas em copos grandes (“copão”) para consumo na rua, o que atrai multidões e torna o ambiente descontrolado. “Quando o Ministério Público mandou fechar por alguns meses, a situação melhorou. As famílias voltaram a frequentar. Agora, estamos no mesmo cenário de antes”, afirma outro comerciante.

Desde 2021, oito estabelecimentos comerciais encerraram as atividades na avenida Itália, segundo os comerciantes, devido ao impacto do chamado “fluxo”. Eles afirmam ainda que o patrulhamento se limita a blitz de trânsito e não há fiscalização contra o tráfico, venda de bebidas a menores ou identificação de suspeitos.

Além disso, uma escola próxima à avenida foi invadida recentemente e teve mais de 20 tablets, computadores, TV e celular furtados. “A câmera do COI está ali, bem na frente, mas ninguém vê nada. É como se não existisse. E agora querem investir no projeto Sentinela?”, critica um morador.

Cobrança por medidas

Diante da reincidência dos problemas, comerciantes e moradores articulam a realização de uma reunião com o prefeito e representantes da Secretaria de Segurança para discutir medidas concretas. Eles pedem mais presença policial, fiscalização da venda de bebidas, uso efetivo das câmeras do COI e políticas públicas voltadas ao lazer e segurança dos jovens.

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