Perequê-Mirim tem “toque de recolher”; morador relata tensão em meio ao tiroteio
Policiais fazem patrulha no bairro neste momento
A Operação Escudo, no Sertão do Perequê-Mirim, tem assustado os moradores da região nesta sexta-feira, 29.
Comerciantes estão fechando as portas antes do fim do horário comercial. Além disso, os pais estão buscando os filhos mais cedo nas escolas. Com policiais rondando o bairro, um confronto pode acontecer a qualquer momento.
O clima de tensão na comunidade caiçara teve início na noite desta quinta-feira, 28, com um tiroteio entre policiais do 20º Batalhão de Polícia Militar do Interior e suspeitos de praticar crimes na região.
Rodrigo Guiraldini, que trabalha como motoboy, diz que foi buscar seu filho na EMEI Judith Cabral dos Santos depois que foi informado pelos responsáveis pela escola que ela fecharia mais cedo.
“Comunicaram para vir buscar (as crianças) antes devido os fatos que aconteceram ai no morro, tiroteio que teve ai”, relatou.
Segundo Guiraldini, no momento que começou o confronto entre policiais na quinta-feira, ele teve de ser ágil para não ficar no meio do fogo cruzado.
“Eu trabalho como motoboy, tive que até correr. Bem na hora da janta, eu fui entregar uma marmita ali próximo, começou um tiroteio, sai correndo de lá, o negócio foi feio. Era na rua de cima de onde eu estava entregando, mas como o morro é mata, você não vê nada, não sabe da onde sai”, conta o morador, que faz entregas para um restaurante nas proximidades.
A 'Operação Escudo', nome similar a ação policial que deixou deixou 28 mortos no Guarujá em 40 dias, entre o fim do mês de julho e o início de setembro, e foi desencadeada após a morte de um policial militar da ROTA.