Diário

MPSP reforça investigações sobre ataque ao Assentamento Olga Benário em Tremembé

Crime gerou repercussão nacional

Marcelo Caltabiano | Data: 22/01/2025 10:03

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) segue intensificando as investigações sobre o ataque ocorrido no dia 10 de janeiro no Assentamento Olga Benário, em Tremembé. O incidente deixou dois mortos e seis feridos a tiros. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) foi integrado ao caso desde o início das apurações, por determinação do procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, com o objetivo de oferecer uma resposta célere e eficaz à sociedade.  

Os promotores Alexandre Castilho, Luis Fernando Scavone, Cátia Aparecida de Sousa Modolo e Paloma Sanguiné Guimarães se juntaram ao promotor Alexandre Mourão Mafetano, que já estava à frente do caso, e à promotora natural da ocorrência, Celestiany Villar da Silva, ampliando os esforços para elucidar o crime.  

A promotora Daniela Michele Santos Neves, da área de Defesa dos Direitos Humanos, também conduz um Procedimento Administrativo de Acompanhamento (PAA), com foco na proteção das vítimas e dos moradores do assentamento. Entre as ações, estão a coleta de depoimentos, perícias e documentos que possam garantir os direitos das pessoas afetadas.  

Medidas de apoio às vítimas  

O MPSP oficiou diversas instituições para assegurar suporte aos atingidos pelo ataque. A Secretaria de Assistência Social foi chamada a detalhar as providências tomadas para proteger os assentados. O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) deve apresentar um relatório sobre as necessidades das vítimas. Além disso, a Secretaria de Saúde está avaliando o acesso ao atendimento psicológico, enquanto o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania atua no Plano de Proteção Coletiva para garantir a segurança da comunidade.  

Investigações avançam  

A Polícia Civil de São Paulo, com apoio do GAECO, segue com as investigações. Uma força-tarefa composta por três delegados e 30 investigadores apura o caso. Antônio Martins dos Santos Filho, conhecido como "Nero do Piseiro", foi preso e confessou sua participação no crime. Ítalo Rodrigues da Silva, outro suspeito, está foragido.  

Uma das linhas de apuração aponta para o envolvimento de um vereador de Tremembé, que estaria relacionado à tentativa de comercialização ilegal de lotes no assentamento. A Delegacia de Investigações Criminais (DEIC) localizou um veículo supostamente usado no ataque, que está sendo periciado.  

Repercussão 

O ataque gerou grande repercussão, mobilizando autoridades federais e estaduais. Os ministros Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Macaé Evaristo (Direitos Humanos) visitaram o local e participaram dos velórios das vítimas, reforçando o compromisso do governo em garantir segurança e justiça.  

Denúncias  

Informações sobre o caso podem ser enviadas ao Disque Denúncia (181), com garantia de sigilo.  


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