Diário

Morador de rua é queimado vivo em São José dos Campos; suspeito é preso em flagrante

Vítima de 52 anos teve 90% do corpo queimado e segue internada em estado gravíssimo; crime ocorreu após desentendimento e chocou moradores do Jardim Nova República

Da redação | Data: 16/06/2025 10:47

Um homem em situação de rua foi queimado vivo na tarde deste domingo, 15 de junho, na zona sul de São José dos Campos. A tentativa de homicídio ocorreu por volta das 14h30 na rua Confrade João Pereira dos Santos, no bairro Jardim Nova República. A vítima, de 52 anos, teve 90% do corpo queimado e está internada em estado gravíssimo.

Segundo o boletim de ocorrência, populares encontraram o homem em chamas e acionaram o socorro e a Guarda Civil Municipal (GCM). Ele foi levado com vida ao hospital local, e uma possível transferência para a Santa Casa da cidade, referência no tratamento de queimados, está sendo avaliada.

De acordo com relatos, a vítima teria discutido com o suspeito horas antes do crime. O agressor, de 33 anos, ajudante de pedreiro, teria jogado álcool no colchão onde a vítima dormia e, em seguida, ateado fogo. Há indícios de que a vítima tenha sido amarrada antes de ser incendiada. A Polícia Civil trabalha com a hipótese de tentativa de homicídio qualificado por meio cruel.

O galão com resquícios de combustível utilizado no crime foi apreendido e encaminhado para perícia.

Prisão e reconhecimento

Minutos após o crime, a GCM localizou um grupo de pessoas hostilizando um homem com as mesmas características descritas por testemunhas. O suspeito foi detido e reconhecido com “100% de certeza” por uma das testemunhas. Antes da prisão, ele foi espancado por populares e teve fraturas graves, incluindo a coluna quebrada. Está internado sob escolta no Hospital Municipal da Vila Industrial.

O caso foi registrado na Central de Polícia Judiciária de São José dos Campos como tentativa de homicídio qualificado com uso de fogo, crime previsto no artigo 121, §2º, inciso III, do Código Penal, cuja pena pode chegar a 30 anos de reclusão.

A Polícia Civil investiga se há outras pessoas envolvidas na ação criminosa.

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