Ministério Público faz operação contra criminosos em 13 estados
São cumpridos 451 mandados de busca e apreensão; 04 foram presos
Uma megaoperação realizada hoje, 10, em 13 estados cumpre 228 mandados de prisão e 223 mandados de busca e apreensão contra membros de facções criminosas. Entre os crimes investigados estão tráfico de drogas e lavagem de valores.
O objetivo da ação - realizada pelo Grupo Nacional de Combate ao Crime Organizado (GNCOC) - é desarticular organizações criminosas violentas que atuam tanto nos sistemas prisionais quanto nas ruas do país.
A operação ocorre de forma simultânea e conta com a participação de 43 promotores de justiça e 40 servidores dos Grupos de Atuação Especial de Combate aos Crimes Organizados (Gaecos) das unidades do Ministério Público sediadas no Acre, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rondônia, Pará, Paraná, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
Segundo informações do Ministério Público de São Paulo, a operação ocorre com apoio da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Polícia Penal e da Polícia Rodoviária Federal.
Até o momento, o MPSP divulgou que quatro lideranças de facções criminosas que atuam no território nacional foram presas durante a operação. Ainda segundo o MP “os trabalhos prosseguem para o cumprimento de 228 mandados de prisão e de mais 223 de busca e apreensão. Até o momento, as autoridades apreenderam drogas, celulares, documentos, computadores, valores em dinheiro e armas”
Esses e outros dados foram apresentados durante entrevista coletiva concedida na sede do MPSP ainda na manhã desta quarta pelo procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo, atual presidente do GNCOC. Durante a coletiva de imprensa, ele explicou que a operação é resultado dos esforços empreendidos pelo MPSP para compilar dados da criminalidade e compartilhá-los com Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, Gaecos, de diversas unidades da federação. "Uma grande operação nacional se fazia necessária usando dados de inteligência para levantar os nomes de líderes desses grupos criminosos", afirmou Sarrubbo.
Segundo o PGJ, o cumprimento dos mandados podem levar à elucidação de crimes de tráfico de drogas e até de homicídios, em virtude da apreensão de armamentos, incluindo pistolas semiautomáticas. "E temos acordos para troca de informações para que nomes de criminosos brasileiros sejam incluídos em listas internacionais do Cone Sul e dos Estados Unidos", acrescentou Sarrubbo.
Ainda de acordo com o presidente do GNCOC, os dados compartilhados pelo grupo têm o potencial de levar à deflagração de outras operações, tanto em nível local quanto nacional.