GM deve iniciar novo plano de demissão voluntária na montadora de São José dos Campos
O sindicato da categoria apoia o PDV, mas é contra o fim da cláusula de estabilidade
A montadora General Motors deve
iniciar novo plano de demissão voluntária (PDV) na multinacional situada em São
José dos Campos. A proposta foi comunicada aos trabalhadores por meio de
comunicado interno e informou que ainda não chegou a um acordo com o Sindicato
dos Metalúrgicos.
Além dessa iniciativa, a empresa
planeja fazer acordo com os trabalhadores para eliminar a cláusula que prevê
estabilidade no emprego em caso de lesão, em troca de indenização individual.
“No dia 30 de maio tivemos
mais uma rodada de negociação com o Sindicato para discutir as propostas da
cláusula de transação mediante indenização e a possibilidade de abertura de um
Plano de Demissão Voluntária (PDV) para empregados com limitação laboral. Não
foi possível chegar a um acordo, mas a empresa deixou a proposta final para que
seja levada para votação dos empregados em assembleia”, informou a GM no
panfleto.
A montadora informou que o prazo
final para a decisão é 3 de junho, terça-feira, e que se a proposta não for
aprovada, a empresa ficará sem alternativas e em desvantagem em relação a
outras fábricas.
O Sindicato da categoria afirmou
que não se opõe ao PDV, porém é contra o fim da cláusula de estabilidade. A
proposta que a GM elaborou será levada para votação aos trabalhadores e ainda
não há previsão de quando será realizada a assembleia.
A empresa propõe para
trabalhadores horistas da Operação de Manufatura sem limitação laboral (sem
lesão) admitidos antes de 1º de março de 2019 o pagamento de indenização no
valor de 40% do salário mínimo multiplicado pela quantidade de anos do
funcionário (limitado a até 55 anos ou comprovação de prazo mínimo de
aposentadoria pelo aplicativo Meu INSS) para quem aceitar o acordo para
transação de cláusula de estabilidade.
O PDV para esses trabalhadores
sem lesão contratados até março de 2019 inclui como bonificação 7 salários, um
Ônix Hatch 1.0 ou R$ 85 mil em dinheiro e 24 meses de convênio médico ou R$ 48
mil em dinheiro.
Segundo a GM, se a empresa
atingir 520 adesões de trabalhadores sem lesões até 9 de junho de 2025 seria
aberto um Plano de Demissão Voluntária (PDV) para empregados horistas com
limitação laboral (lesionados), além de serem renovados os contratos dos demais
empregados contratados por prazo determinado por mais 1 ano.
Já para os trabalhadores horistas
da Operação de Manufatura com limitação laboral (com lesão) admitidos antes de
1º de março de 2019 a empresa propõe salários que variam de acordo com a idade
do trabalhador, com benefício adicional em dinheiro ou veículo Ônix Plus
Premier, além de cobertura do plano médico.
A GM alega que “a aprovação
não é só sobre os valores oferecidos, mas sobre o futuro da planta em São José
dos Campos” e que a proposta “ajuda a reduzir o risco do Complexo, para
manutenção de postos de trabalho a longo prazo e atrair novos projetos”.