O Ministério Público denunciou à Justiça Luiz Felipe da Silva de Moura, de 31 anos, pelo feminicídio da ex-companheira Mariana da Costa Nascimento, de 28 anos, e pela ocultação do corpo da vítima. A denúncia foi protocolada na quarta-feira, 25, pela Promotoria do Júri de Taubaté.

Segundo o MP, o crime ocorreu entre os dias 8 e 10 de junho, em uma área rural da cidade. Conforme a denúncia, Luiz Felipe esganou Mariana enquanto os dois estavam sozinhos e, em seguida, enterrou o corpo com o objetivo de dificultar as investigações.

“O denunciado, aproveitando-se do fato de que se encontrava sozinho com a vítima, por meio de esganadura, provocou nela os ferimentos descritos no laudo de exame necroscópico, que foram a causa de sua morte. Não satisfeito, após a prática do crime, procedeu à ocultação do cadáver”, afirmou o promotor responsável.

Mariana estava desaparecida desde o dia 8 de junho, após sair para encontrar o ex-companheiro, com quem manteve um relacionamento de 11 meses, marcado por violência e ameaças. Ela havia solicitado medida protetiva contra Luiz Felipe em abril, após registrar boletim de ocorrência por perseguição. O corpo foi localizado no dia 10, enterrado em uma cova rasa no Distrito Industrial do Una.

Luiz Felipe foi preso em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva no dia 12. Inicialmente, ele teria confessado o crime à polícia, mas depois, por meio de seu advogado, negou ter causado a morte, alegando que apenas encontrou o corpo e decidiu enterrá-lo. A versão é considerada incompatível com os indícios reunidos pela investigação.

O Ministério Público classificou o crime como feminicídio, por ter sido motivado por razões de gênero, no contexto de violência doméstica. A denúncia segue agora para análise do Judiciário. A defesa do acusado informou que ingressará com pedido de habeas corpus.