A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) anunciou, na tarde desta terça-feira, 22, a suspensão da Assembleia Geral de 2025 devido à morte do papa Francisco. O evento, que seria realizado entre os dias 30 de abril e 9 de maio do próximo ano, no Santuário Nacional de Aparecida, interior de São Paulo, foi adiado para 2026.

O papa Francisco morreu nesta segunda-feira, 21, aos 88 anos, após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). Ele entrou em coma e teve um colapso cardiocirculatório irreversível às 7h35 no horário de Roma (2h35 em Brasília). Com a morte do pontífice, a Igreja Católica entra em período de luto, seguido da realização do conclave, no qual os cardeais elegerão um novo papa.

Papa durante visita a Aparecida em 2013 durante a JMJ Foto: Marcelo Caltabiano

Segundo a CNBB, a decisão de suspender o evento foi tomada de forma unânime pelo Conselho Permanente dos Bispos, em reunião extraordinária realizada na tarde de segunda-feira.

“O Conselho Permanente realizou uma reunião extraordinária, na tarde de ontem, e decidiu pelo adiamento do encontro para o próximo ano”, informou a CNBB em nota.

Com a suspensão, não haverá edição da Assembleia Geral em 2025. A 62ª edição do encontro foi reagendada para ocorrer entre os dias 15 e 24 de abril de 2026, mantendo-se o local tradicional: o Santuário Nacional de Aparecida, maior templo católico do Brasil e dedicado à Padroeira do país.

A Assembleia Geral é o principal encontro da hierarquia católica no Brasil, reunindo anualmente cardeais, arcebispos, bispos diocesanos e auxiliares, além de representantes de pastorais e organismos da Igreja. O evento trata de temas pastorais, questões doutrinárias, liturgia, relatórios institucionais e outros assuntos relacionados à missão da Igreja no país.

Além do tema central, que varia a cada edição, a assembleia também é espaço para debates sobre a vida da Igreja e os desafios enfrentados pela sociedade brasileira.

Na edição de 2024, estiveram presentes autoridades como o Cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, e o núncio apostólico no Brasil, Giambattista Diquattro, além de líderes da Igreja no Brasil, como o arcebispo de Porto Alegre e presidente da CNBB, dom Jaime Spengler, e o arcebispo de Aparecida, dom Orlando Brandes.