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Unidos venceremos!

Politica Externa do governo Trump leva mundo à reorganização entre as potências

Felipe Mazzuia | Data: 06/03/2025 13:34

Mais uma vez, estamos falando aqui das consequências da política externa adotada pelo governo Trump. Eu gostaria muito de escrever sobre a vitória do partido conservador nas eleições da Alemanha ou sobre o conflito entre Ruanda e Congo, mas ainda não foi possível.

É normal que isso ocorra. A maior potência mundial mudou suas diretrizes e, consequentemente, seus arranjos e impactos serão amplamente debatidos e sentidos, dentro e fora dos Estados Unidos.

Nesta coluna, eu disse que o presidente americano estreitava relações com os gigantes Rússia e China enquanto confrontava aliados históricos. Pois bem, ao que tudo indica, esse movimento está se confirmando.

O alinhamento com Moscou para forçar o fim da guerra deixou o restante da Europa preocupada. Desde a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos é o principal garantidor militar da Europa contra a Rússia.

Trump suspendeu a ajuda militar aos ucranianos, planeja revogar o status migratório de mais de 200 mil ucranianos que fugiram da guerra e estão em solo americano, suspendeu o compartilhamento de informações com o governo ucraniano e deu início ao lobby pelo fim do isolamento imposto à Rússia.

A Europa tenta se unir para apoiar a Ucrânia e dar uma resposta rápida a Trump, mas sem perder seu respaldo. O presidente francês, Emmanuel Macron, considera disponibilizar o arsenal nuclear francês para aliados; o próximo chanceler alemão afirma que Washington não se preocupa mais com o destino da Europa; e o primeiro-ministro do Reino Unido declara que "o momento é de ação, e não de palavras".

No dia 06/03, líderes europeus se reunirão pela segunda vez nesta semana para discutir formas de fortalecer as forças militares da Europa e ajudar a Ucrânia na guerra. O primeiro encontro da "coalizão dos dispostos" ocorreu em Londres no início da semana; o segundo será hoje, em Bruxelas, Bélgica.

Por fim, mas definitivamente não menos importante, as tensões do governo Trump com a China cresceram nas últimas horas. A embaixada chinesa em Washington publicou no X (antigo Twitter) a seguinte mensagem:

“Se é guerra que os EUA querem – seja uma guerra tarifária, uma guerra comercial ou qualquer outro tipo de guerra –, estamos prontos para lutar até o fim.”

A China anunciou que elevará seus gastos com defesa para 7,2%.

É, como dizia o poeta:

"Clima tenso entre os brothers!"

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