Sérgio Victor abriu a Caixa de Pandora da prefeitura
Prefeito apresentou diagnóstico fiscal preocupante ao público
Há quem diga que a realidade não é boa nem má, mas sim que a realidade apenas é. Mas esta regra não se aplica ao caso de Taubaté.
Prezando pelos princípios da transparência e do respeito ao dinheiro público do cidadão taubateano, o prefeito Sérgio Victor apresentou o diagnóstico fiscal da prefeitura de Taubaté e os desafios financeiros do poder público municipal para os próximos anos.
Primeiramente, como taubateanos que somos, precisamos reconhecer o fato de que Taubaté não está acostumada com transparência e respeito com o dinheiro público. As dívidas acumuladas nos últimos anos e as contas do poder executivo rejeitadas pelo Tribunal de Contas (ainda que aprovadas pela câmara) são provas cabais do que estamos tratando aqui.
Para ilustrar o ponto que chegamos, vale lembrar que: a prefeitura tem contratos firmados em que são pagos valores maiores por dívidas do passado, do que pelo serviço prestado. Este é o caso do contrato com a Eco Taubaté, empresa responsável pelos serviços de limpeza, conservação e zeladoria da cidade.
Há quem diga que a realidade não é boa nem má, mas sim que a realidade apenas é. Mas esta regra não se aplica ao caso de Taubaté: 1 bilhão em dívidas consolidadas é uma realidade tenebrosa. Mas o primeiro passo para superar este desafio é encarar a realidade tal como ela é, sem floreios ou rodeios, mas com metas realistas e corajosas.
Entre as medidas anunciadas para conter os gastos da prefeitura estão as já citadas anteriormente como a redução de 30% dos custos administrativos, a revisão de contratos, a renegociação das dívidas com fornecedores, e as três novidades que foram anunciadas na coletiva: um pacote de concessões, a criação de um programa de demissão voluntária (PDV) e a suspensão dos concursos públicos.
As cartas estão na mesa, os números são o que são, o desafio já estava posto e as medidas anunciadas estão de acordo com tudo que o então candidato Sérgio Victor defendeu na campanha. Por mais que as nomeações do prefeito não agradem a todos (sobretudo, alguns apoiadores que não foram contemplados com cargos), por enquanto, não há quem possa reclamar no ProCon que comprou gato por lebre nas eleições de outubro de 2024: não há crime de estelionato eleitoral até aqui. Por enquanto, o prefeito empossado é o mesmo candidato que se apresentou na urna.
No entanto, sabemos também que a finalidade da máquina pública não é o lucro ou o superávit pelo superávit. A prefeitura não é uma empresa privada e cidadãos não são clientes. Dito isso, o acerto das contas públicas não pode ser pago com o sofrimento do povo taubateano. Seguiremos fiscalizando e denunciando toda e qualquer precarização ou corte dos serviços públicos essenciais.
Esse é um Editorial do T7News.