Estamos no fim de 2012...

Há sete temporadas consecutivas na Série A2 do Campeonato Paulista, o São José se preparava para buscar o acesso à elite estadual em 2013. Além disso, na próxima temporada o time reencontraria o rival Guaratinguetá, além da tradicional Portuguesa.

Com isso, a diretoria joseense foi em busca de um treinador com um currículo de respeito. Foi então que começaram as conversas com Fernando Diniz, até então campeão da Série A3 com o Votoraty em 2009 e da Copa Paulista de 2010 pelo Paulista de Jundiaí. Além disso, havia levado na mesma temporada o Atlético Sorocaba à Série A1 do Campeonato Paulista, justamente a prateleira que o time joseense sonha em alcançar.

O presidente, Robertinho da Padaria, e o gerente de Futebol, Francisco César Ferreira, miravam em um treinador que nos quatro clubes por onde passou, teve sucesso em três. Era hora do ‘dinizismo’ chegar também ao Vale do Paraíba?

Definido, o primeiro encontro do treinador com a diretoria joseense foi marcado em São Paulo.

À primeira vista, algumas burocracias foram definidas e as coisas continuaram. Neste momento, segundo Francisco César, dirigente na época, Fernando Diniz e a diretoria chegaram a um acordo também pela comissão técnica que seria trazida pelo treinador.

Contudo, “Diniz teria pedido mais um nome para formar sua comissão, mas após conversas com o financeiro do clube, não era possível e Fernando Diniz concordou” disse o ex-gerente de futebol.

Ainda segundo Francisco, Fernando Diniz chegou a visitar o Martins Pereira.

Naquele que deveria ser o último encontro entre as partes, para ‘bater o martelo’, Fernando conversou com o gerente em particular e disse que apesar de ter gostado da proposta, precisaria do auxiliar.

Como o financeiro do clube na época não havia permitido, ali as negociações chegaram ao fim.

Márcio Bittencourt acabou sendo o escolhido para comandar a Águia em 2013. O técnico teve dificuldades de colocar o time na briga pelos oito primeiros lugares – que avançavam para a próxima fase - e perdurou no cargo até a penúltima rodada, quando Moisés Egert chegou ao clube para disputar a última partida.

Buscando passar à próxima fase, o São José, com apenas duas derrotas e três empates, enfrentaria o Audax de... Fernando Diniz!

No final das contas, o time joseense foi goleado por 5 a 0, acabou eliminado da competição na nona colocação com 27 pontos, dois a menos que o oitavo colocado.

Depois de sete temporadas consecutivas sem conseguir o tão sonhado acesso, Robertinho da Padaria entregou o cargo no fim de seu mandato.

Por outro lado, o dinizismo teve a melhor campanha da primeira fase, e levou o Audax a Série A1 do Campeonato Paulista com 49 gols marcados em 25 jogos, além de 27 sofridos. Por fim, no campeonato foram 17 vitórias, 3 empates e 5 derrotas.

Exato 10 anos depois, Fernando Diniz é finalista da Copa Libertadores pelo Fluminense e simultaneamente treinador interino da Seleção Brasileira. Nesta terça, 17, enfrenta o Uruguai, em Montevidéu, em jogo válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo 2026.

O São José agora é uma SAF, está de volta à Série A2 do Campeonato Paulista e disputa pela primeira vez a Série D do Campeonato Brasileiro.