A terceira Audiência Pública referente à Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) – Ciclo 2 de 2025 – reuniu uma verdadeira constelação de artistas, produtores, agentes culturais e representantes da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (SECEC), reafirmando que a cultura pulsa viva em cada canto da cidade e segue sendo construída coletivamente, com vozes diversas e comprometidas.

O objetivo da audiência foi claro e potente: votar as propostas elaboradas nas reuniões anteriores das setoriais culturais, refinando ideias e ajustando estratégias para a construção dos novos editais de fomento. As setoriais – que se organizaram em reuniões próprias ao longo do mês – vieram com suas sugestões amadurecidas, numa dinâmica colaborativa que buscou o que há de mais viável, plural e representativo para cada linguagem artística.

O clima, embora por vezes acalorado, foi permeado por escuta, respeito e paixão. E é essa paixão que move a cultura de Taubaté. Vozes se levantaram com propriedade, trazendo visões críticas e construtivas. Destaque para o jornalista e comunicador Mário Jefferson Leite Mello, que defendeu com clareza os interesses da comunicação e da TV local, e também para o cineasta e articulador cultural Rafael Prando, do Coletivo Cultural Rosina Pagan, que apresentou propostas contundentes em prol do audiovisual independente.

Neste cenário de diálogo democrático, não podemos deixar de registrar uma Moção de Aplauso mais do que merecida à incansável Monique Reis, uma verdadeira articuladora da classe artística taubateana. Com firmeza, conhecimento e afeto, Monique se mostrou uma ponte entre o poder público e os fazedores de cultura, exercendo um papel de mediação e incentivo que certamente resultará em frutos prósperos para os editais futuros.

Se por um lado a audiência se estendeu além do tempo previsto – reflexo da complexidade dos temas e das dúvidas ainda latentes entre parte dos artistas –, por outro lado, isso também revelou a urgência de mais espaços formativos sobre as leis culturais. Afinal, a cultura não se faz apenas com inspiração e talento, mas com conhecimento técnico, domínio de editais e compreensão dos trâmites burocráticos. Nesse sentido, a audiência também foi uma aula pública.

A condução da equipe da Secretaria de Cultura foi elogiável. O chamado “Trio de Ouro da SECEC” – Nathalia, Danielle e Danillo – mostrou competência, paciência e espírito de acolhimento. Em meio a dezenas de questionamentos, divergências e debates acalorados, souberam manter a escuta ativa e o foco na construção de consensos.

A PNAB em Taubaté não é apenas uma política pública. É um marco. Representa o direito de cada artista ter acesso a recursos, a valorização das expressões culturais periféricas, a descentralização da produção e o fortalecimento de uma cidade que já tem história no audiovisual e nas artes em geral, desde os tempos da lendária PAM Filmes de Amácio Mazzaropi.

Agora, com os votos computados, seguimos para a próxima etapa: a publicação dos editais e a realização dos sonhos.

Cultura se faz com união, coragem e estratégia. Sigamos atentos, propositivos e juntos. Taubaté, com sua diversidade e pulsação criativa, pode – e deve – se consolidar como polo cultural e cinematográfico do Vale do Paraíba.

Parabéns a todos que estiveram presentes e que fazem da cultura taubateana um farol de resistência, inovação e beleza!

Mensagem de encerramento – por Monique Reis, Presidenta da Escola de Samba Imperatriz do Morro

"Venho por essa parabenizar a Comissão da PNAB por todo o processo realizado de maneira excelente, democrática e participativa!

Parabéns Aline e toda a equipe por tamanha dedicação! Parabéns aos Conselheiros da Comissão que reafirmaram a importância da participação dos representantes da sociedade civil neste processo e na construção de políticas públicas feitas DE FATO pelos fazedores de cultura!

Saímos desta etapa maiores do que entramos!

Além dos Conselheiros da Comissão, também parabenizo os conselheiros Wesley, Marinalva, Renato e a brilhante Juno por igual dedicação ao processo!

Sugestão: que haja uma audiência pública exclusivamente para ouvir os artistas, com o foco na construção colaborativa dos editais. Que seja possível, jurídica e tecnicamente, atender aos anseios de quem faz a cultura acontecer!

Excelente feriado a todos! Lapa, Rio de Janeiro, minha Tuiuti... aí vou eu!"